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1ª Semana enconttrera (2020)

COLETIVO ENCONTTRA: QUEM SOMOS?

O Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra foi formado em Curitiba inicialmente dentro do curso de Geografia da UFPR, com participação de alunos de graduação e pós-graduação e sob coordenação do prof. Jorge Montenegro. O Coletivo Enconttra propõe uma análise interdisciplinar das múltiplas dimensões que confluem na produção do espaço na sociedade atual. Em particular, entendemos que o estudo dos conflitos que se produzem na nossa sociedade relativos à apropriação da terra e do território, como dimensões fundamentais da reprodução da vida, nos oferecem uma leitura complexa e radical da dinâmica social em curso. Nesta linha, tais conflitos vêm sendo trabalhados em projetos de pesquisa e extensão pelos componentes do grupo através de pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado, de cursos de cartografia social, de realização de cartografias sociais de povos e comunidades tradicionais, de projetos de extensão sobre cartografias participativas e de realização de atividades que permitam o diálogo entre pesquisadores e comunidades que são os sujeitos diretos dos conflitos pelo território e pela terra analisados.

Abertura e reflexões da 17ª Jornada de Agroecologia do Paraná

“Nós não sabemos para onde vamos, só sei que vamos ao encontro de um tempo com muitas perguntas e poucas respostas, muitos problemas e sem soluções. E então como alternativa a isso, demo-nos as mãos, ajudemo-nos uns aos outros pra salvar a terra, caso contrário vamos engrossar o cortejo da nossa própria autocondenação”.

Jéssica Lozovei e Carla Pietrovski
Curitiba, 07 de junho de 2018

Ontem teve início a 17ª Jornada de Agroecologia do Paraná, que está acontecendo entre os dias 6 e 9 de junho no centro de Curitiba. A abertura do evento aconteceu no Teatro Guaíra e contou com mais de 1.500 pessoas, tanto de assentamentos e acampamentos de movimentos de luta pela terra, quanto do público em geral. O evento contará com oficinas, seminários, shows e apresentações culturais, o túnel do tempo, que está instalado na Reitoria da UFPR e é aberto ao público, e a feira da Culinária da Terra, que está localizada na praça Santos Andrade, com diversos produtos agroecológicos e artesanais.

Jornada Agroecologia 2018- DIA 6 155

Foto: Nathalie Lucion

Durante a abertura estiveram presentes o promotor do Ministério Público do Paraná Olympio de Sá Sotto Maior, Márcio Miranda (diretor do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), Roberto Baggio (coordenador geral da Jornada de Agroecologia), Maria Rita (representando a reitoria da UFPR) e a promotora do Ministério Público do Trabalho Margarete Matos. Esta fez uma fala marcante sobre a importância da existência de mídias contra hegemônicas para retratar a verdade sobre as ações e práticas do MST, sem criminalizar o movimento. Além disso, a necessidade de se confrontar com as grandes empresas detentoras das sementes que consumimos hoje, e sobre a valorização do trabalho das agricultoras e agricultores que produzem alimentos agroecológicos, com suor e mãos calejadas.

O retorno do movimento a capital paranaense também marca os 33 anos após o 1º Congresso Nacional do MST, onde houve a sua consolidação como movimento nacional, e se unindo a este momento estiveram presentes o pesquisador e teólogo Leonardo Boff e a atriz Letícia Sabatella, que cantou em conjunto com a Trupe dos Encantados.

Jornada Agroecologia 2018- DIA 6 299

Foto: Nathalie Lucion

Boff falou o quanto a humanidade caminha rumo a autodestruição. Citou a produção em massa de armas químicas, biológicas e nucleares, com diferentes intensidades de impacto sobre nós, além da extinção da fauna e flora que segue num ritmo desenfreado de cerca de 70 a 100 mil espécies por ano. O teólogo afirmou que vivemos em tempos de barbárie, em que não olhamos para os nossos semelhantes, e acima de tudo, os direitos a terra, teto e trabalho deveriam ser garantidos a todas e todos.

Jornada Agroecologia 2018- DIA 6 232

Foto: Nathalie Lucion

O pesquisador transmitiu a importância que devemos dar para a terra e tratá-la como mãe terra, sendo parte de nós.  E encerrou sua fala com a frase: “Irmãos e irmãs, sigamos cantando! E que os problemas e dificuldades da mãe terra não nos tirem a alegria e esperança”

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Editado por Coletivo Enconttra &