Nos dias 28 e 29 de março a Prefeitura de Mandirituba arrancou mata-burros no faxinal Espigão das Antas sem consultar a comunidade. O mata-burro serve para evitar que os animais criados à solta dentro do faxinal saiam para as lavouras, o que cria enormes prejuízos e risco de acidentes nas estradas próximas. O mata-burro faz parte do faxinal, território tradicionalmente ocupado pelos faxinalenses, e mantém seus limites e seus costumes. Nesse sentido, o ato da Prefeitura de Mandirituba arrancando os mata-burros significa ferir os direitos dos faxinalenses das comunidades de Espigão das Antas, Meleiro e Pedra Preta (três comunidades, mas um só criadouro comunitário) que se autodefiniram como comunidade tradicional em 2010, atestada em declaração emitida pelo Instituto de Terras, Cartografia e Geodésia do Paraná (ITCG).
São direitos reconhecidos internacionalmente, através da Convenção 169 da Organização Mundial do Trabalho sobre povos indígenas e tribais, nacionalmente, por meio do Decreto 6.040 que institui a Política Nacional de Povos e Comunidades ou estadualmente, mediante a Lei Estadual 15.673 que reconhece os faxinais e sua territorialidade (como amplamente apontado na carta em anexo onde os faxinalenses denunciam o ato da Prefeitura de Mandirituba).
Diante de tão graves fatos, solicitamos que a Prefeitura de Mandirituba se reúna com urgência com as comunidades faxinalenses para evitar que os prejuízos às mesmas continuem e exista uma real intenção de respeitar seu território e sua forma de vida, como o conjunto de leis mencionado exige.
Mas não se trata apenas de respeitar a lei, os faxinalenses têm sido sujeitos fundamentais para a preservação da natureza, mantendo a diversidade de fauna e flora do Estado do Paraná, são reconhecidos pela sua luta em manter tradições, modos de vida e em conseguir que o mal chamado desenvolvimento não desmate e contamine para benefício de poucos, por todos esses motivos demandamos que a Prefeitura de Mandirituba acabe com as continuas retaliações às comunidades faxinalenses de seu município e veja nelas a parceria necessária para promover formas de viver com mais qualidade e menos impactos.
Apoiam:
- Coletivo ENCONTTRA, Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná
- Centro de Pesquisa e Extensão em Direito Socioambiental (CEPEDIS), Pontifícia Universidade Católica
- Laboratório de Análises Territoriais Campo-Cidade (LATEC), Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Londrina
- Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT), Universidade Estadual de São Paulo
- Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local de Marechal Cândido Rondon (AGB-MCR)
- GEOLUTAS/Laboratório e Grupo de Pesquisa de Geografia das Lutas no Campo e na Cidade, Curso de Geografia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
- Laboratório GeoRedes, Departamento de Geografia, Universidade de Brasília
- Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais – MESPT, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília
- Grupo de Estudos Territoriais, Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
- Observatório da Questão Agrária do Paraná
- Curso de Tecnologia em Orientação Comunitária, Setor Litoral-Universidade Federal do Paraná
- Movimento de Assessoria Jurídica Universitária Popular “Isabel da Silva”, Universidade Federal do Paraná
- CEFURIA – Centro de formação Urbano-Rural Irmão Araújo
- Equipe da FEIRA AGROECOLÓGICA, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná /Irati
- Grupo de Estudios sobre Ecologia Politica, Comunidades y Derechos, Catedra de Fundamentos de Ecologia Politica, Instituto de Investigaciones Gino Germani – Universidad de Buenos Aires (Argentina)
- Grupo de Estudios Rurales y Grupo de Estudios sobre Movimientos Sociales de América Latina Instituto de Investigaciones Gino Germani – Universidad de Buenos Aires (Argentina)
- Doctorado en Estudios Sociales Agrarios. Centro de Estudios Avanzados / Facultad de Ciencias Agropecuarias – Universidad Nacional de Córdoba
- Programa de Estudios Conflictividad territorial, Crítica al Desarrollo y alternativas Societales. Centro de Investigaciones y Estudios sobre la Cultura y la Sociedad. CONICET – Universidad Nacional de Córdoba
- AGB / Curitiba – Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local Curitiba
- Coletivo ENCONTTRA, Departamento de Geografia, Universidade Federal do Paraná
- Centro de Pesquisa e Extensão em Direito Socioambiental (CEPEDIS), Pontifícia Universidade Católica
- Laboratório de Análises Territoriais Campo-Cidade (LATEC), Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Londrina
- Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT), Universidade Estadual de São Paulo
- Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local de Marechal Cândido Rondon (AGB-MCR)
- GEOLUTAS/Laboratório e Grupo de Pesquisa de Geografia das Lutas no Campo e na Cidade, Curso de Geografia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
- Laboratório GeoRedes, Departamento de Geografia, Universidade de Brasília
- Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais – MESPT, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília
- Grupo de Estudos Territoriais, Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
- Observatório da Questão Agrária do Paraná
- Curso de Tecnologia em Orientação Comunitária, Setor Litoral-Universidade Federal do Paraná
- Movimento de Assessoria Jurídica Universitária Popular “Isabel da Silva”, Universidade Federal do Paraná
- CEFURIA – Centro de formação Urbano-Rural Irmão Araújo
- Equipe da FEIRA AGROECOLÓGICA, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná /Irati
- Grupo de Estudios sobre Ecologia Politica, Comunidades y Derechos, Catedra de Fundamentos de Ecologia Politica, Instituto de Investigaciones Gino Germani – Universidad de Buenos Aires (Argentina)
- Grupo de Estudios Rurales y Grupo de Estudios sobre Movimientos Sociales de América Latina Instituto de Investigaciones Gino Germani – Universidad de Buenos Aires (Argentina)
- Doctorado en Estudios Sociales Agrarios. Centro de Estudios Avanzados / Facultad de Ciencias Agropecuarias – Universidad Nacional de Córdoba
- Programa de Estudios Conflictividad territorial, Crítica al Desarrollo y alternativas Societales. Centro de Investigaciones y Estudios sobre la Cultura y la Sociedad. CONICET – Universidad Nacional de Córdoba
- AGB / Curitiba – Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Local Curitiba
- Projeto Nova Cartografia Social da Amazonia
- Francisco Luciano Concheiro Bórquez, Pós-graduação em Desenvolvimento Rural, Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco (México)
- Willian Simões, Departamento de Geografia, Universidade Federal da Fronteira Sul/Chapecó-SC
- Carlos Walter Porto-Gonçalves – Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense. Coordenador do Lemto – Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades
- Adelita Staniski – Universidade Estadual de Ponte Grossa
- Almir Nabozny – Universidade Estadual de Ponte Grossa
- Nícolas Floriani – Universidade Estadual de Ponte Grossa
- Ben-Hur Demeneck – jornalista
- Rodrigo Rossi – Secretaria de Estado de Educação-Paraná
- Cecilia Hauresko – Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná/Guarapuava
- Dimas Floriani – Prof. Titular Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento/Universidade federal do Paraná
- Andrea Tedesco – professora Universidade Estadual de Ponte Grossa
- Gustavo Olesko – pesquisador Universidade de São Paulo
- André de Souza Fedel – Geógrafo, Educador Popular – CEFURIA
- Fernanda Keiko Ikuta, Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Campus de Irati
- Anne Geraldi Pimentel – Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Campus de Irati
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