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Seleção de bolsistas Coletivo ENCONTTRA 2017

 

  1.  SEXTA-FEIRA 07/07, 10:30H (1 bolsa)

Modalidade: Extensão (ver mais detalhes aqui)

Público: estudante oriundo de escolas públicas e que ingressou na UFPR através de cotas sociais.

Projeto: OBSERVATÓRIO DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ

Carga horária semanal: Bolsista: 12h

Vigência e valor da bolsa: 12 meses – R$ 400,00 / mês

 

  1. SEGUNDA-FEIRA 10/07, 10:30H (5 bolsas e 1 voluntário)

 

Modalidade: Extensão (ver mais detalhes aqui)

Público: estudante matriculado na UFPR de qualquer modalidade

Projetos: CARTOGRAFIAS PARTICIPATIVAS COMO APROXIMAÇÃO A CONFLITOS TERRITORIAIS. 3ª FASE (1 bolsa) e OBSERVATÓRIO DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ (3 bolsas)

Carga horária semanal: Bolsista: 12h

Vigência e valor das bolsas: 8 meses (maio-dezembro) – R$ 400,00 / mês

 

Modalidade: Iniciação Científica (IC) (1 bolsa) e Iniciação Científica Ações Afirmativas (IC-AF) (1 voluntário) (ver mais detalhes aqui)

Público: IC, estudante matriculado na UFPR de qualquer modalidade; IC-AF, cotista racial e social

Projetos: ATUALIZANDO AS DIMENSÕES DA QUESTÃO AGRÁRIA 2: POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS, GÊNERO E PROCESSOS EDUCATIVOS e TERRITÓRIOS FAXINALENSES EM ÁREAS ESPECIAIS DE USO REGULAMENTADO (ARESUR): UM DEBATE SOBRE POLÍTICA PÚBLICA, SUJEITOS E DESENVOLVIMENTO

Carga horária semanal: 20 h (bolsista remunerado) e 12 h (voluntário cotista).

Vigência e valor das bolsas: a serem definidas pela UFPR

 

 

Local da seleção de todos os processos:

Sala do Coletivo ENCONTTRA

(Centro Politécnico, Ed. JJ Bigarella, Sala 307)

Critérios de seleção:

Será realizada uma entrevista individual com os candidatos (poderá ser feita por Skype, entrar em contato previamente pelo e-mail enconttra@gmail.com).

Protestos em todo o Brasil mostram face agrária da greve geral

Camponesas protagonizaram manifestações no Nordeste; entre caminhadas e bloqueios, ministro da Justiça enxergou “baderna generalizada”

Por Alceu Luís Castilho,28 de abril de 2017


Terá sido a greve de 28 de abril uma mobilização urbana, feita por trabalhadores urbanos? A se julgar pelo que saiu na grande imprensa, ou mesmo em parte da imprensa alternativa, sim. Mas registros feitos pelo Brasil de Fato e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) contam outra história. De Olho nos Ruralistas reuniu algumas dessas imagens que mostram um protagonismo – invisibilizado – dos homens e mulheres do campo.

Sem-terra bloquearam ponte em Alegrete, no RS. (Foto: MST)

Desde a madrugada militantes do MST no Paraná bloqueavam a BR-476, no dois sentidos (confira na foto principal). O motivo político era o mesmo: o impacto das reformas trabalhista e previdenciária para os trabalhadores rurais. Em Alegrete (RS), 100 sem-terra fecharam a ponte de acesso à cidade, na BR-290.

De manhã, às 8 horas, 300 militantes do MST e sindicatos goianos trancaram a rodovia BR-020, no entorno do Distrito Federal. Motivo geográfico, segundo o Brasil de Fato: “A rodovia conecta a região do centro-oeste com o nordeste brasileiro e é central ao escoamento de commodities e defensivos agrícolas das grandes multinacionais”.

PROTAGONISMO FEMININO

No Nordeste, mulheres protagonizaram manifestações em Pernambuco e em Alagoas. Em Serra Talhada (PE), elas carregam cartazes sobre a reforma da previdência, que tem alteração específica para o caso das trabalhadoras. A mobilização de 4 mil camponeses e trabalhadores no município motivou uma audiência pública na Câmara Municipal.

Manifestação em Serra Talhada, em PE. (Foto: Eliane Vieira/ASA Brasil)

Em Alagoas, militantes do MST participaram do bloqueio de rodovia.

Bloqueio de rodovia em Alagoas. (Foto: MST)

No Mato Grosso do Sul, sem-terra e indígenas da etnia Guarani-Kaiowá se uniram em protesto:

SERRAGLIO: “BADERNA GENERALIZADA”

Em Brasília, servidores do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), afetado por cortes do governo Temer, também participaram da greve geral.

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, não identificou uma greve no Brasil neste 28 de abril. Apenas uma “baderna generalizada“.

Em Goiânia, trabalhadores rurais ocuparam a Secretaria de Estado da Agricultura

DO OUTRO LADO

Coube a um site sobre o agronegócio, o Agrosoft, identificar na greve geral uma “resistência ao governo Temer”.

Em entrevista à revista Globo Rural, porém, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, ironizou a mobilização de camponeses e trabalhadores rurais: “Sou produtor rural, não entendo de greve“.

Alceu Castilho

Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduando em Geografia Humana na USP. Autor do livro “Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro” (Editora Contexto, 2012). Editor e coordenador do De Olho nos Ruralistas, um observatório jornalístico sobre agronegócio no Brasil.

 

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